São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 1995
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Pastor foi condenado no Ceará

PAULO MOTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

O pastor Carlos Magno de Miranda foi indiciado em cinco inquéritos policiais no período em que dirigiu a igreja em Fortaleza, entre 1987 e 1990.
Quatro inquéritos foram arquivados por falta de provas. Em um deles, ele foi condenado por calúnia e difamação.
Em 1990, Miranda e mais dois obreiros da Universal em Fortaleza foram indiciados como responsáveis pela morte da dona-de-casa Cecília Oliveira de Sousa, 57, ocorrida no dia 18 de setembro daquele ano, dentro de um templo da Universal, em Fortaleza.
Segundo a polícia, Cecília teria morrido porque, seguindo orientação da Universal, deixara de usar medicamentos para controlar sua diabetes e hipertensão arterial.
No dia 20 de setembro, a polícia cearense abriu outro inquérito para apurar a denúncia de que a enfermeira Maria Luzimar da Silva, 28, teria sido, junto com sua filha, Ana Carolina, 7, agredida dentro do templo da Universal.
Como líder da igreja, Miranda foi indiciado como responsável pela agressão.
Ainda em setembro, Miranda foi indiciado como responsável pela agressão sofrida por quatro jornalistas de Fortaleza, durante uma celebração da Igreja Universal, ocorrida no dia 9 daquele mês, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza.
No dia 2 de outubro, Miranda foi acusado de agredir a costureira Dulce Maria de Oliveira, 47, durante um ritual de exorcismo.
Carlos Magno foi candidato a deputado federal. Teve apenas 19 mil votos e não se elegeu.
Miranda dizia que as acusações faziam parte de um complô para destruir sua candidatura. Ele acusou o então secretário de Segurança Pública do Ceará, Inimá Fernandes, de articular as denúncias.
A acusação contra Fernandes gerou um processo por calúnia e difamação contra Miranda, resultando posteriormente numa condenação a 60 dias de prisão. A pena foi transformada em multa e Miranda ficou em liberdade. Para o ex-advogado de Miranda, Vicente Castro, as acusações destruíram a candidatura do pastor.

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