São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 1995 |
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Sociólogo deixa país com medo de ameaça Ferraz era diretor de ONG no Rio CLÁUDIA MATTOS
Ferraz se diz ameaçado por policiais. Ele é o presidente da Casa da Paz -uma ONG (Organização Não-Governamental) criada após a chacina de Vigário Geral, em 93, quando menores de rua foram mortos, supostamente por policiais. O sociólogo vai para Boston, onde dará cursos e fará pesquisas para o MIT (Massachusetts Institute of Technology). "Tive que sair. Estou sendo ameaçado de morte e ninguém faz nada. Não quero morrer como o Chico Mendes", disse. Ele terá as despesas iniciais nos EUA custeadas pela Anistia Internacional, uma das principais entidades internacionais de defesa dos direitos humanos. Segundo ele, quando começou a ser ameaçado, logo após uma operação da DAS (Divisão Anti-Sequestros) que buscava o cativeiro de Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira Filho na favela de Vigário Geral, procurou autoridades federais em Brasília. "Fui lá, recebi um prêmio pelo trabalho da Casa da Paz, mas não me deram proteção nenhuma", criticou. Ferraz quer fixar residência nos Estados Unidos nos próximos anos e aproveitar para fazer pós-graduação. "Quero aproveitar para fazer mestrado e doutorado lá. Na volta posso ser presidente da República, como o Fernando Henrique." Texto Anterior: Encontrado cemitério clandestino no Rio Próximo Texto: Empresária é morta a facadas em Curitiba Índice |
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