São Paulo, sexta-feira, 29 de dezembro de 1995 |
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SP fecha 95 com superávit de R$ 199 mi
DA REPORTAGEM LOCAL O governo do Estado de São Paulo fechará o ano com um superávit (diferença a mais entre receita e despesa) de caixa de R$ 199 milhões, segundo dados da Secretaria da Fazenda.A afirmação foi feita pelo secretário Yoshiaki Nakano (Fazenda) na última reunião de 1995 do primeiro escalão do governo Mário Covas (PSDB), encerrada ontem pela manhã. Segundo o secretário, o superávit vai garantir, ao contrário do que ocorreu no início de 1995, o pagamento integral do salário do funcionalismo no mês de janeiro. Dados do gabinete do vice-governador do Estado, Geraldo Alckmin, mostram que, quando assumiu, em janeiro deste ano, Mário Covas encontrou um déficit de R$ 2.032 bilhões. O superávit, segundo o governo, se deve principalmente a três fatores: renegociação ou suspensão de contratos de terceirização e fornecimento, cortes de pessoal e de despesas de custeio (gastos de rotina do Estado). Os valores de mais de 4.000 contratos de terceirização foram renegociados. Com a suspensão ou renegociação de contratos de terceirização, o governo obteve uma economia de cerca de R$ 50 milhões mensais. Terceirização é quando uma empresa é contratada para fornecer mão-de-obra ou prestar serviços. Entre eles, contratos para vigilância, limpeza, conservação, aluguel de equipamentos, locação de veículos e fornecimento de alimentação. Na administração direta, os contratos de terceirização custavam, em janeiro de 95, R$ 26,9 milhões e R$ 78,5 milhões nas empresas estatais. Pessoal Cerca de 40 mil funcionários foram afastados do Estado durante o primeiro ano do governo Covas, a maioria contratada por meio de empresas de fornecimento de mão-de-obra. Desse total, 18 mil foram contratados pelos governos Orestes Quércia (1986/90) e Luiz Antonio Fleury Filho (1990/94) por meio do Baneser, empresa subsidiária do Banespa. Na administração direta, 9.000 funcionários foram afastados, segundo dados apresentados pelo secretário Fernando Carmona (Administração). Outra economia gerada, segundo o governo, foi a redução de gastos com atividades burocráticas, como a extinção das Divisões Regionais de Ensino. Nesse tipo de corte, o governo deixou de gastar cerca de R$ 80 milhões mensais. Texto Anterior: Comerciantes de MS devem ser indiciados Próximo Texto: Visão dos fatos Índice |
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