São Paulo, sexta-feira, 29 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Corinthians aumenta salário e busca patrocínio

ARNALDO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians, que anteriormente havia oferecido salários de US$ 20 mil ao atacante Edmundo, se comprometeu a pagar US$ 30 mil por mês ao jogador, segundo apurou a Folha.
O resto do salário de Edmundo, que recebia US$ 60 mil no Flamengo, virá de contratos publicitários, a serem acertados pelo departamento de marketing do clube.
"Ele concordou, até de forma surpreendente, em participar deste contrato de risco", disse Edgard Soares, vice-presidente de marketing do Corinthians.
Soares já começou os contatos para a campanha que visa arrecadar fundos e recuperar a desgastada imagem de Edmundo.
O jogador, inicialmente, foi "oferecido" como garoto-propaganda aos dois patrocinadores do clube: a Suvinil, que anuncia nas camisas do time, e a Penalty, fornecedora do material esportivo.
As duas empresas devem responder até a próxima terça-feira se concordam ou não em participar do "projeto Edmundo".
Caso não aceitem, o departamento de marketing do clube buscará novos patrocinadores.
A Coca-Cola, que recentemente retirou da TV uma propaganda com Edmundo anunciando o refrigerante Cherry Coke, e uma empresa de relógios, que ainda mantém o jogador como garoto-propaganda, serão consultadas.
Com os contratos, Soares espera arrecadar entre US$ 30 mil e US$ 40 mil mensais, que seriam acrescentados ao salário do jogador.
A idéia do Corinthians é organizar três grandes campanhas, com anúncios na televisão, para promover a "irreverência" de Edmundo.
"A imagem do Edmundo está arranhada, mas ele tem carisma e aceitou fazer qualquer comercial", disse Soares.

Texto Anterior: Jogador pode ter psicólogo
Próximo Texto: Polícia busca ex-juiz do 'caso da fita'
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.