São Paulo, sábado, 30 de dezembro de 1995
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Vazamento não partiu do BC, diz Loyola

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do BC (Banco Central), Gustavo Loyola, disse estar "convicto de que não houve participação da diretoria do BC" no vazamento da pasta rosa.
Ele confirmou que já está concluído o inquérito administrativo aberto para apurar responsabilidades pela divulgação dos documentos contidos na pasta.
Encontrada pelo interventor do Banco Econômico, Francisco Flávio Barbosa, a pasta contém documentos sobre doações da instituição para candidatos nas eleições de 1990.
Um dos suspeitos do vazamento é o diretor de Normas e Organização, Cláudio Mauch. Loyola, no entanto, preferiu manter o mistério em torno dos resultados da sindicância, que durou 15 dias e foi encerrada na última quarta-feira.
Segundo ele, o documento redigido pela comissão de sindicância ainda está sendo analisado para verificar se há necessidade de novas informações.
O resultado só deve ser apresentado ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, e ao presidente Fernando Henrique Cardoso na próxima semana. Malan está nos Estados Unidos, e FHC, na Bahia.
No início do mês, a revelação da existência de uma pasta cor-de-rosa contendo registros de supostas doações irregulares do Banco Econômico na campanha eleitoral de 1990 gerou uma crise política no governo.
Em viagem à China, FHC disse que, se a sindicância não apontasse culpados, a responsabilidade cairia sobre o diretor de Normas do BC, Cláudio Mauch, e do interventor do Econômico, Francisco Flávio Barbosa.
Em reserva, diretores do BC dizem não acreditar que o vazamento tenha acontecido no BC. Aventa-se a possibilidade de o próprio dono do Econômico, Ângelo Calmon de Sá, ter feito o vazamento.

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