São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 1995
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Recuperação de Edmundo passa pelo Corinthians

TELÊ SANTANA

Jogar no Corinthians é uma boa oportunidade para Edmundo se recuperar dos vários problemas que marcaram a sua curta passagem pelo Rio em 95.
No Flamengo, ele, definitivamente, não conseguiu mostrar seu melhor futebol. Não rendeu o que dele esperavam, assim como Romário.
Além disso, participou daquele trágico acidente.
O melhor para ele, portanto, seria deixar o Rio neste momento.
Estive recentemente com o presidente do Flamengo, Kleber Leite, e ele reiterou a sua preocupação com Edmundo e a importância de uma mudança em sua vida.
O Corinthians, um dos poucos times que poderiam bancar a contratação de Edmundo, e o futebol paulista podem ser a solução para ele.
Edmundo deveria se conscientizar disso e se interessar pela transferência. Ao contrário, diz que não está totalmente satisfeito.
Mas, na minha opinião, os últimos acontecimentos devem ter servido de lição para ele.
Afinal, é apanhando que se aprende.
Edmundo é jovem e tem tudo para se recuperar. Ninguém é tão ruim a ponto de não ter uma chance para se reerguer. Ninguém é irrecuperável.
É claro, entretanto, que tudo isso vai depender do esforço dele.
Edmundo deve se dedicar mais à profissão, ainda mais agora que tem uma filha, que, naturalmente, precisa de bons exemplos.
Entendo que, apesar de todos os problemas, Edmundo vai ser uma grande atração no futebol paulista, que ganha muito com sua contratação.
O Campeonato Paulista também ganha em importância.
Com um Corinthians mais forte, Palmeiras e São Paulo se reforçando com algumas contratações importantes e o Santos, mantendo o elenco vice-campeão brasileiro, haverá uma bela briga pelo título. Todos eles têm condições de ganhar o campeonato.
Pena que as regras da competição ainda não estejam definidas.
Segundo me disse o presidente da Fifa, João Havelange, muitas mudanças propostas pela Federação Paulista não serão aceitas.
Acho que, pelo menos, o tempo de bola em jogo precisaria ser revisto, para o bem dos jogadores e, principalmente, do público.
Na conversa com Havelange, defendi a introdução de dois tempos de 30 minutos, de bola corrida, para o futebol.
O presidente da Fifa ficou de analisar a sugestão.

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