São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Mensalidade pode subir acima da inflação
ALBERTO FERNANDES
Ontem, o secretário de Acompanhamento Econômico, José Milton Dallari, disse que deverá aceitar reajustes de mensalidades nas datas-base dos professores com o repasse integral do valor acumulado do IPC-r —um tratamento diferente do dispensado a todos os outros setores da economia. Além desse repasse, o governo estudará a concessão de reajustes adicionais, o que resultaria em aumentos acima da inflação. Até agora, o governo tem aplicado, para todos os setores, o artigo 29 da lei 8.880, que criou a URV. O texto determina que somente será repassado aos preços o IPC-r proporcional ao peso da folha de salários nos custos das empresas. Segundo José Milton Dallari, no caso das escolas, pode ser aceito o repasse integral do IPC-r porque, afirmou ele, o peso dos salários dentro dos custos é muito alto, cerca de 70%. As novas regras deverão ser incluídas na próxima reedição da MP (Medida Provisória) das mensalidades, a ser publicada em um mês. O secretário disse que a concessão dos reajustes é uma forma de defender o ensino privado. "É necessário preservar o ensino privado enquanto a escola pública não tiver uma alavancagem de qualidade", afirmou. Os reajustes adicionais ao IPC-r pleiteados pelas escolas são referentes ao aumento de outros custos, além dos salários dos professores, e ao que os estabelecimentos de ensino chamam de "enriquecimento pedagógico". Esse item inclui novos serviços oferecidos pelos colégios, como aulas de inglês ou computação para crianças. Texto Anterior: Chuva volta a bloquear trânsito Próximo Texto: Para Stones, público de SP foi o melhor Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |