São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 1995 |
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Ritmo de vendas continua forte
FÁTIMA FERNANDES; MÁRCIA DE CHIARA
Um dos sinais de que o crescimento da demanda persiste é que o comércio decidiu admitir parte dos funcionários temporários, contratados no final de 1994. A indústria vai ampliar o quadro de pessoal. O grupo Refripar, por exemplo, fecha fevereiro com 459 operários a mais. Normalmente, nesta época, a empresa dá férias coletivas. "É inédito. Vamos contratar para dar conta da demanda", afirma Antônio Carlos Romanoski, diretor-superintendente. Para este mês, a Refripar espera vender 40% a mais do que em fevereiro de 1994. A Arezzo já tem como certa a venda de 150 mil pares de sapatos neste mês, o mesmo volume comercializado em janeiro. Anderson Birman, sócio-diretor, lembra que, normalmente, em fevereiro, vende metade do que em janeiro. A rede de Lojas Cem que, em janeiro, faturou 80% a mais (US$ 19 milhões) do que em igual período de 1994, resolveu admitir parte dos funcionários temporários, contratados no final de 1994. "Fevereiro será atípico. Se não faltar produto, vai dar para vender mais do que em janeiro", diz Natale Dalla Vecchia, diretor. Por enquanto, acrescenta, alguns eletroeletrônicos estão escassos. Freddy Mastrocinque, diretor-superintendente da Multibras, que reúne as marcas Brastemp, Consul e Semer, confirma que a empresa não dá conta dos pedidos da linha de refrigeração. O que já está puxando as vendas hoje é uma nova rodada de compras pelo crediário. "Quem comprou a crédito em março quitou a dívida no final do ano. Agora volta a se endividar", diz o diretor da Lojas Cem. O Magazine Luiza espera para fevereiro manter o bom ritmo de vendas de janeiro. A rede de lojas Arapuã tem a mesma expectativa. "Os preços estão estáveis por conta de uma negociação mais dura com a indústria", diz Eldo Moreno, diretor. Segundo ele, a empresa também contratou parte dos funcionários temporários. As lojas Marisa e Brasileiras são outras que estão otimistas. Só em janeiro, a Marisa faturou 79% a mais do que em igual período do ano passado e a Brasileiras, 45% a mais, no período. "Esse ritmo de crescimento se mantém em fevereiro", afirma Márcio Goldfarb, sócio-diretor. Para o economista Nelson Barrizzelli, o ritmo de vendas se mantém porque o Carnaval só acontece no fim do mês e o consumidor, agora, planeja seus gastos. LEIA MAIS Sobre consumo na pág. 2-2. Texto Anterior: Novo serviço esclarece dúvidas sobre seguros; RS terá safra maior em 1995, diz IBGE Próximo Texto: Férias esvaziam supermercados Índice |
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