São Paulo, sexta-feira, 3 de fevereiro de 1995
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Covas admite desconhecer situação estadual

CARLOS MAGNO DE NARDI
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de 30 dias marcados por acusações contra seu antecessor, Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB), e por cortes de funcionários, o governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), não fez o balanço de seu primeiro mês de governo, programado para ontem à tarde.
Apesar das críticas ao governo anterior e da propalada crise financeira do Estado, Covas admitiu que ainda desconhece a real situação do Estado para o qual foi eleito para administrar.
Ele não sabe, por exemplo, quantos funcionários prestam serviços a órgãos públicos através de empresas de fornecimento de mão-de-obra, quantos desses contratos estão em vigor e o custo que representam ao Estado.
Estou aqui há um mês e nós não conseguimos saber até agora o número de contratos de terceirizados, disse o governador.
A estimativa de assessores dos tucanos é que o Estado tenha cerca de 100 mil funcionários terceirizados e 1,1 milhão na administração direta e indireta (empresas de economia mista e autarquias).
Para justificar a falta de informações, o governador voltou a criticar seus antecessores. "Levantar a situação (do Estado) é muito difícil. A máquina foi deliberadamente emperrada para impedir que se chegasse a alguns dados".
Na sua opinião, os governos passados (referência a Fleury e a Orestes Quércia) não centralizaram esses dados, impedindo um controle eficiente.
O governo também não concluiu o levantamento sobre o número de afastamentos de funcionários feitos no primeiro mês.
A expectativa oficial é que o estudo sobre os afastamentos já realizados seja concluído nos próximos dias.
Segundo assessoria de Covas, o balanço pode ser feito hoje caso as secretarias estaduais apresentem os números finais ao governador.

Tecnologia
O tucano e o governador de Pernambuco, Miguel Arraes (PSB), assinaram ontem, no Palácio dos Bandeirantes (zona sul de São Paulo), protocolo de intenções para cooperação na área de ciência e tecnologia.

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