São Paulo, sexta-feira, 3 de fevereiro de 1995
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Membro da Mesa é processado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O primeiro vice-presidente da Câmara eleito ontem, Ronaldo Perim (PSDB-MG), está sendo processado por corrupção eleitoral.
O processo, iniciado em janeiro de 1989, está parado no STF (Supremo Tribunal Federal) à espera da autorização da Câmara.
Perim teria usado a máquina administrativa durante sua gestão na prefeitura de Governador Valadares para eleger seu sucessor e o vice-prefeito, Rui Moreira e Toninho Coelho.
O comitê de campanha dos candidatos teria feito a distribuição de passes de ônibus exclusivos para funcionários da prefeitura em serviço e cestas básicas para eleitores.
A inscrição para o sorteio de lotes da prefeitura era também feita pelo comitê de campanha dos candidatos, segundo a acusação. No processo foram anexados convites para as festas dos candidatos prometendo sorteio de casas.
No pedido de licença para processar o deputado, o procurador-geral da República, Aristides Junqueira, afirma que há provas suficientes contra o parlamentar.
Junqueira pede a continuidade do processo por "corrupção eleitoral e utilização de organização comercial de vendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios para propaganda eleitoral".
O pedido de licença está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara desde 1993. O relator atual, deputado Prisco Viana (PPR-BA), está com o processo para dar um parecer desde 21 de julho de 1994.
O deputado Ronaldo Perim afirmou que não cometeu corrupção eleitoral. Disse que apoiou os candidatos a prefeito e vice mas não usou a máquina eleitoral.
"Sempre usei a prefeitura em favor do povo. Tanto que fiz o meu sucessor e depois fui eleito. Minhas contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas", disse. "O que vale é a lisura do meu comportamento."

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