São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995
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À portuguesa

Em sua visita oficial a Portugal, em 86, o então presidente Sarney aproveitou para comer bem. Certa noite, a comitiva brasileira com cerca de 15 pessoas foi a um bom restaurante.
O embaixador Carlos Peres, que servia de cicerone, chamou o garçom. Ele se aproximou e entregou o cardápio ao embaixador.
Todos na mesa esperaram receber também um cardápio, mas nada. O garçom permanecia ali, impassível. Peres arriscou:
— O senhor só tem esse cardápio?
— Sim, senhor —confirmou o garçom.
Um tanto surpresos, os brasileiros se conformaram em esperar que cada um dos presentes fizesse sua escolha com aquele único exemplar do menu.
Até que outro garçom passou pela mesa com uma pilha de cardápios. Peres chamou o garçom que os atendia:
— O senhor me disse que só tinha um cardápio, mas, olhe lá, o garçom está com vários.
O homem não se apertou:
— Mas são todos o mesmo cardápio...

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