São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995
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Cresce a procura por seguro residencial

RODRIGO ANTUNES CORRÊA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Na esteira dos bons resultados do mercado imobiliário de São Paulo, seguradoras investem em pacotes de garantias dirigidos a síndicos e proprietários. Colhem bons resultados.
"Fechamos 1994 com um crescimento de 35% nas vendas de seguros residenciais em relação a 1993", diz Paulo Eduardo Fernandes Rossi, 35, da Itaú Seguros.
Na Vila Velha Corretora de Seguros, no segundo semestre de 1994 houve um aumento de cerca de 20% em relação ao movimento de vendas do primeiro semestre.
A empresa vendia US$ 170 mil de prêmio (resultado de todas as vendas) por mês de seguro residencial no primeiro semestre. No segundo semestre, o movimento subiu para R$ 200 mil mensais.
Segundo João Alzani Filho, 48, diretor da Vila Velha, a previsão para este ano é de um aumento de 50%, em relação às vendas dos últimos seis meses. "Esperamos chegar aos US$ 300 mil ao mês", afirma Alzani.
Para Paulo Rossi, da Itaú Seguros, o reaquecimento da economia, a partir do Plano Real, impulsionou as vendas no setor.
Rossi afirma que os planos mais procurados são os de carro e residencial (casas e apartamentos).
O residencial é dividido em habitual e veraneio. Os pacotes para condomínios costumam ser mais baratos do que as opções individuais por oferecerem coberturas além das apólices tradicionais para incêndio e roubo (veja ao lado).
A desvantagem dos pacotes é que, às vezes, fixam coberturas pequenas para os altos riscos.
Os limites das importâncias seguradas variam em cada seguradora, mas, em média, ficam em 100% para incêndio, raio e explosão. De 10% a 50%, para assaltos e de 10% a 20%, para desmoronamentos e vendavais. De 5% a 10%, para impacto de veículos e de 1% a 10%, para danos elétricos.
Já o plano básico inclui quatro garantias e custa R$ 300,00 anuais para um seguro de R$ 100 mil.
Cada garantia deve ter um seguro adequado ao valor do bem e ao possível prejuízo causado nele.
Segundo Daniel Jesus de Souza, 46, da Danseg Seguros, cada cobertura de seguro de um prédio considera a metragem do condomínio (m2 da área construída) e o padrão de qualidade (baixo, médio ou elevado).
Um edifício com 50 apartamentos, cada unidade custando R$ 100 mil (já incluídos valor do m2 e padrão), por exemplo, teria que fazer uma cobertura de incêndio de R$ 5 milhões.
O custo, nesse caso, seria de R$ 650,00 para o condomínio. Se divididos pelo número de apartamentos (50), sairia por R$ 13,00 por unidade.
Para quem vai fazer um seguro individual de apartamento ou casa, Souza recomenda no mínimo os seguros contra incêndio (que é perda total) e roubo (por ter uma frequência maior).

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