São Paulo, terça-feira, 7 de fevereiro de 1995
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Produção de veículos cai 20,2% em janeiro

FLAVIO CASTELLOTTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Em janeiro, a produção de autoveículos (automóveis, caminhões e ônibus) caiu 20,22% em relação a dezembro e 7,94% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O maior responsável pela queda foi o segmento de automóveis e comerciais leves. Sozinho, responde por redução de 21,5% em relação a dezembro e 10,2% em relação a janeiro de 94.
São dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que apresentou ontem em São Paulo balanço de desempenho do setor automotivo no mês passado.
Segundo Luiz Adelar Scheuer, presidente da associação, a sazonalidade do setor e as férias coletivas das montadoras, que este ano foram até o dia 15 de janeiro, são os principais motivos da queda.
As perspectivas dos próximos meses são otimistas: Scheuer prevê produção de 133 mil unidades em fevereiro e 161 mil em março.
Esse número, caso se confirme, será o novo recorde de produção mensal do setor, superando o mês de agosto de 94, quando foram produzidas 152 mil unidades.
Pelo terceiro mês consecutivo a Fiat é líder do setor, com 'market-share' de 32,2%. A Volkswagen tem 31,4% do mercado. A GM, 21,7% e a Ford, 13,7%.
Em 94, dados preliminares indicam participação de 11,9% dos importados no mercado interno. O aumento é de 70% em relação a 93 e 183% em relação a 92.
No segmento de caminhões a produção permaneceu estável em relação a dezembro e cresceu 56% em relação a janeiro de 94.
O segmento, porém, tem pouco peso no total. Em janeiro foram produzidos 5.498 caminhões contra 91.001 carros.
No segmento de máquinas agrícolas a produção subiu 9,34% em relação a dezembro e 49,56% em relação a janeiro de 94.
A Anfavea espera que o setor automotivo chegue ao ano 2000 com produção anual de 2,5 milhões a 3 milhões de veículos, o que requer um crescimento médio anual de 11% do setor.
Nos três últimos anos, esse crescimento foi de 18%. A queda se deveria, segundo Scheuer, à crescente participação dos importados no mercado interno.

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