São Paulo, quarta-feira, 8 de fevereiro de 1995
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Montadoras devem rever quotas

DA REPORTAGEM LOCAL

O aumento da alíquota do imposto sobre veículos importados, de 20% para 32%, deverá levar as montadoras a rever suas quotas de importação para este ano.
A Volkswagen e a Fiat informaram ontem que os números serão revistos. A Ford disse que não pretende rever as importações. A General Motors informou, através de sua assessoria de imprensa, que não falaria ontem sobre o assunto.
Segundo a assessoria de imprensa da Volkswagen, o plano de importação vai mudar, mas ainda não estão definidos os novos números.
Em agosto do ano passado, quando a alíquota era de 35%, a empresa planejou importar 25.000 unidades do Gol em 12 meses. Em novembro, quando o imposto era de 20%, o número foi revisto para 85.000 unidades.
Miguel Jorge, vice-presidente de assuntos corporativos da Volkswagen, diz que com o excesso de produção na Alemanha e no México, seria muito interessante para a empresa se o Brasil absorvesse esses 85.000 veículos.
A empresa não calculou qual será a alta dos importados com o aumento do imposto. Se houver maior demanda de carros nacionais —devido ao aumento dos modelos importados— a empresa tem condições de aumentar a produção para atender o mercado.
A Fiat informou, também através de sua assessoria de imprensa, que o aumento do imposto terá reflexos na importação. A empresa prevê importar 100.000 unidades do Tipo neste ano.
Quanto aos novos números, a assessoria informou que serão definidos em função da nova realidade do mercado. A produção poderá ser aumentada através da redução de um modelo com pouca demanda e elevação da de outro, com maior procura.
A Ford não vai rever suas quotas de importação, segundo sua assessoria. Elas são consideradas "conservadoras" pela empresa —80.000 unidades neste ano.
Serão importadas 55.000 unidades do Fiesta, carro que será produzido no país no início de 96. Os outros 25.000 são de veículos top de linha, como Taurus e Mondeo.

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