São Paulo, quarta-feira, 15 de fevereiro de 1995
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Assembléia do Rio aceita pedido sobre CPI da Saúde

DA SUCURSAL DO RIO

O recém-eleito presidente da Assembléia Legislativa do Rio, Sérgio Cabral Filho (PSDB), 32, acatou o pedido de instalação da CPI da Saúde, feito ontem pelo Sindicato dos Médicos do Rio.
Entre as irregularidades, supostamente cometidas durante a gestão de Leonel Brizola por seus ex-secretários da Saúde Luiz Orlando Cadorna (1992) e Astor de Mello (junho de 93 a dezembro de 94), estariam superfaturamento na compra de medicamentos, compras e internações "fantasmas".
Os ex-secretários Cadorna e Mello não foram localizados ontem pela Folha para comentar o pedido de instalação da CPI.
Algumas das supostas irregularidades que serão investigadas pela CPI foram denunciadas pelo sindicato, que, neste período, enviou oito notícias-crime ao Ministério Público.
Em uma delas, o Ministério Público obrigou Cadorna a devolver R$ 1,7 milhão aos cofres públicos. O sindicato apresentou notas fiscais que comprovavam que material hospitalar era comprado superfaturado pela secretaria. Cadorna já devolveu R$ 100 mil.
No Hospital dos Servidores do Estado, o diretor Crescêncio Antunes teria descoberto, no início de 94, que a gráfica da unidade era utilizada irregularmente, enquanto documentos do hospital tinham que ser xerocados.
A CPI já havia sido pedida quatro vezes e arquivada pelo ex-presidente da Alerj, José Nader (PDT).
Nader, que no início da gestão de Brizola era adversário do ex-governador, está sendo acusado de ter bloqueado a CPI.
Se a cota de CPIs da Assembléia —sete— já estiver completa, a proposta terá que obter maioria no plenário. O presidente acha que a CPI vai ser aprovada.

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