São Paulo, quarta-feira, 15 de fevereiro de 1995
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Bolsa acumula queda de 18% no mês

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O índice da Bolsa paulista caiu ontem 3,11% e o indicador Senn (Rio) declinou 3,9%. O índice da Bolsa de Valores de São Paulo registrou ontem o sétimo pregão consecutivo de baixa, acumulando declínio de 19% no período. O indicador já caiu 18% no mês.
As Bolsas de Valores estão registrando baixos volumes de negócios, o que faz com que o mercado seja mais sujeito a especulações.
Na próxima segunda-feira, há o vencimento do mercado de opções na Bolsa paulista. Há uma guerra entre os comprados (apostam na alta) e vendidos (na baixa). Até o momento, os investidores que apostam na baixa estão ganhando.
O índice da Bolsa paulista já acumula perda nominal de 33% desde o início da crise mexicana na terceira semana de dezembro.
O governo mudou sua estratégia quanto às reformas constitucionais. O mercado aguardava um "pacote único". O governo já informou que as reformas serão um processo em diversas estapas, como as reformas de ordem econômica, depois a previdenciária e as emendas tributárias.
Há dúvidas no mercado se mesmo os aliados aprovarão as propostas de reforma constitucional do governo.
O Banco Central reduziu a taxa do over ontem de 5,33% ao mês para 5,32%, refletindo expectativa de inflação menor para este mês.
O BC fez a colocação total em leilão de Bônus do Banco Central de prazo de 35 dias com taxa do over de 4,47% ao mês. O juro ficou dentro da expectativa do mercado.
Edson Pacheco de Aquino, diretor do Banco Geral do Comércio, diz que o consumo está aquecido e o governo deve elevar os juros.
Para as grandes aplicações (acima de R$ 200 mil), ele sugere a aplicação em Certificados de Depósito Bancário com troca por Depósito Interfinanceiro (DI). Para quantias menores, ele acredita que as melhores opções são os fundos de commodities DI (que permitem as retiradas a qualquer momento passada uma carência de 30 dias) e os fundos de renda fixa DI (com resgate a cada 28 dias).

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,122%. A taxa média do over foi de 5,33% ao mês, segundo a Andima. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 5,41% ao mês.

CDB e caderneta
As cadernetas que vencem hoje rendem 2,8809%. CDBs prefixados negociados ontem: entre 26% e 44,9% ao ano para 30 dias. CDBs pós-fixados de 120 dias: entre 15,0% e 15,2% ao ano mais a variação da Taxa Referencial.

Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,51% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): entre 55% e 106% ao ano.

No exterior
Prime rate: 9,00% ao ano. Libor: 6,56% ao ano.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: queda de 3,11, fechando com 31.922 pontos e volume financeiro de R$ 351,0 milhões. Rio: baixa de 3,9%, fechando com 14.065 pontos e volume financeiro de R$ 11,12 milhões.

Bolsas no exterior
Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 18.138,47 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,833 (compra) e R$ 0,834 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado a R$ 0,832 (compra) e R$ 0,834 (venda). "Black": R$ 0,825 (compra) e R$ 0,835 (venda). "Black" cabo: R$ 0,834 (compra) e R$ 0,838 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,818 (compra) e R$ 0,840 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,40%, fechando a R$ 10,065 o grama na BM&F.

No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,5568 dólar. Em Frankfurt, a moeda norte-americana foi cotada a 1,5140 marco alemão. Em Tóquio, a cotação foi de 98,75 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 376,40.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para fevereiro fechou em 3,36% e para março a 3,12% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para fevereiro ficou em 32.100 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para fevereiro fechou a R$ 0,844 e para março a R$ 0,860.

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