São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995
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Cultura é opção às TVs comerciais

DA REDAÇÃO

O maior destaque dos últimos meses da TV em São Paulo não vem da Globo, do SBT, Bandeirantes ou Gazeta/CNT. Vem da Cultura.
Sem grandes alardes, a emissora consolidou uma forte grade de programação no final da tarde e início da noite —chegando muito próximo da vice-liderança de audiência em alguns horários.
Qual é o segredo? A partir das 15h, a Cultura mostra programas infantis de muito bom nível que chegam a picos de dez pontos de audiência e média de seis pontos —altíssima se considerarmos que ela compete com filmes, séries, "Escolinha do Prof. Raimundo" e as toda-poderosas novelas das seis e das sete da Globo, e com "Casa da Angélica", "Escolinha do Golias", "Aqui Agora" e "TJ Brasil" no SBT.
Com nova antena e sinal mais forte, aliados à programação de qualidade, a Cultura mostrou que é possível democratizar a audiência da TV. Além disso, a emissora tem como diferencial um jornalismo sóbrio e digno.
Se não houver mudança nos planos traçados por Muylaert antes de deixar a emissora, ela pode ser opção de fato para as TVs comerciais, como são as TVs públicas dos EUA, Europa e Japão.

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