São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1995 |
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Telefônicas podem ser vendidas
GABRIELA WOLTHERS
Segundo ele, a privatização será parte de um processo de abertura do setor à iniciativa privada, que inclui também a fusão das teles economicamente inviáveis. "Eu acho até, na minha opinião pessoal, que a tendência futura é privatizar todas", disse o ministro, após participar da solenidade de posse da diretoria da Telebrás. A presidência da Telebrás será exercida pelo ex-ministro da Aeronáutica Lélio Viana Lôbo. Motta afirmou também que a abertura do capital das teles está sendo estudada pelo seu ministério. Ele deixou claro que não há previsão para o início da privatização, mas disse que o processo de abertura será finalizado no governo Fernando Henrique Cardoso. Motta explicou que, neste momento, o ministério está centrando suas ações na aprovação da emenda constitucional que abre o setor de telecomunicações para a iniciativa privada. "A idéia não é a quebra do monopólio", voltou a frisar o ministro. "A Telebrás será até fortalecida e atuará como coordenadora do poder concedente (governo), fiscalizadora e regulamentadora do setor." Irônico, Motta afirmou que "é profundamente" norte-americano com relação à abertura do mercado. "Os Estados Unidos têm uma política de profunda preservação dos interesses nacionais e é isso que queremos com o fortalecimento da Telebrás." Com a abertura das telecomunicações, o primeiro passo será permitir a entrada do capital privado nas áreas de "demandas críticas", ou seja, onde o setor de telefonia já está saturado. Ao mesmo tempo, o ministério defenderá a desregulamentação "total" das teles, para que possam competir em igualdade de condições com a iniciativa privada. A proposta de Motta é, por exemplo, que os orçamentos das teles não sejam vinculados ao da União, como ocorre hoje. Texto Anterior: Telerj terá nova estação telefônica Próximo Texto: Ministro critica concessões Índice |
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