São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1995
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Aumento para R$ 100 virá em junho

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo prepara para junho um aumento real (acima da inflação) para o salário mínimo. O aumento, que deverá elevar o valor do mínimo para R$ 100, está condicionado à aprovação de mudanças nas alíquotas de contribuição à Previdência.
As mudanças devem aumentar a arrecadação da Previdência em R$ 40 milhões por mês e serão propostas ao Congresso através de projetos de lei.
Com este pacote, que chegará ao Congresso no início de março, o governo devolve a responsabilidade aos parlamentares.
Com a apresentação dos projetos de lei, o presidente Fernando Henrique Cardoso pretende convencer os parlamentares a não derrubar o veto ao aumento imediato do mínimo para R$ 100, aprovado pelo Congresso em janeiro.
Uma das propostas para aumentar a arrecadação unifica em 9% a alíquota de contribuição dos empregados à Previdência. Atualmente, as alíquotas são de 8%, 9% ou 10%, conforme o salário. Também serão modificadas as alíquotas para empregadores domésticos e rurais e trabalhadores autônomos.
A intenção do governo é manter o piso em R$ 70 por mais dois meses. Em maio, o mínimo será reajustado pelo IPC-r acumulado desde julho do ano passado, quando o real entrou em circulação.
A expectativa da área econômica é de que o reajuste será de 30% em maio. Isto elevará o valor do mínimo para R$ 91. A estratégia do governo se fia na previsão de que o veto de FHC ao mínimo não será votado antes de maio.
"Há muito veto na frente do mínimo", garantiu o líder do governo no Congresso, deputado Germano Rigotto (PMDB-RS). "Não há risco de o veto ser derrubado agora", concordou o líder do PFL na Câmara, deputado Inocêncio Oliveira (PE).

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