São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1995
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Venda à vista cresce 16,1%

FÁTIMA FERNANDES; MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

As vendas à vista cresceram 16,1% nas três primeiras semanas de fevereiro em relação a idêntico período de janeiro. E a procura pelo crediário já aumentou 6,9%, no período.
Os dados são da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que constatou uma reação nos negócios com cheque ou dinheiro.
Emílio Alfieri, economista da entidade, diz que o alto índice de inadimplência do crediário está fazendo com as lojas garantam as vendas com pagamento à vista.
Segundo a ACSP, a estimativa é a de que fevereiro feche com 630 mil consultas ao Telecheque. Com isso, este mês deve ser o primeiro, desde a agosto do ano passado e excluindo dezembro, em que as vendas à vista voltam a crescer.
Dados da ACSP mostram que as vendas à vista estão 7,1% menores do que fevereiro de 1994.
"O que está sustentando a venda é o crediário, a volta às aulas e a reposição dos salários", diz Alfieri.
O SPC, termômetro da venda a prazo, deve fechar o mês com 645 mil consultas, com acréscimo de 45,5% sobre fevereiro.
Mesmo assim, os lojistas dizem que o consumo não está aquecido.
Sérgio Orciuolo, diretor do Mappin, diz que em fevereiro as vendas estão no mesmo ritmo de janeiro. Sobre igual período de 1994, o acréscimo é de 30%.
"Não há nada de anormal nas vendas neste momento."
Na rede de Lojas Cem, os negócios neste mês também mantêm o ritmo de janeiro.
"Esse fato é inédito nos últimos dez anos", diz Valdemir Colleone, supervisor-geral.
Normalmente fevereiro vende 10% menos do que janeiro.
Na rede Modelar, houve uma queda de 15% no ritmo de vendas em fevereiro na comparação com janeiro por causa das chuvas.
"Mas hoje o faturamento diário recuperou a média de janeiro", diz César Iannazzo, superintendente.
Carlos Porto, gerente da rede Marisa, diz que as vendas em fevereiro se mantêm relação a janeiro.
(Fátima Fernandes e Márcia de Chiara)

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