São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1995
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Objetivo é conter as importações

DA REPORTAGEM LOCAL E DA FT

Para o ex-ministro Mailson da Nóbrega, da MCM Consultores Associados, as medidas de restrição ao consumo não foram baixadas para conter a inflação, que no seu entender está controlada.
"Depois da crise do México, a grande preocupação é com a balança comercial. O governo quer conter as importações."
Por isso, diz ele, as medidas atingem os principais produtos da pauta de importações, como carros e bens de consumo duráveis.
Para o ex-ministro, também preocupa o crescimento excessivo do crédito. As empresas de 'factoring', por exemplo, têm uma "grande criatividade" para driblar restrições, afirma.
Emílio Alfieri, da Associação Comercial de São Paulo, acredita que o consumo não está tão aquecido a ponto de o governo precisar baixar um pacote para contê-lo.
As medidas não devem afetar o comércio nem restringir a aceitação dos pré-datados, segundo Abram Szajamn, presidente da Federação do comércio de São Paulo. Para ele, as empresas que trabalham com pré-datado tem capital próprio e não precisam recorrer às factorings nem às financeiras.
Já o economista Eduardo Gianetti da Fonseca concorda com o espírito das medidas adotadas.

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