São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1995 |
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Segurança da equipe frustra fãs de Fortaleza
MARCELO DAMATO
No dia da chegada, a seleção pegou um ônibus na pista do aeroporto e driblou as centenas de pessoas que os esperavam. No hotel, poucas pessoas são autorizadas a entrar e pedir autógrafo, quase sempre bem vestidas. Os moradores dos casebres que ficam na frente do hotel nem se arriscam a chegar perto. "Esse povo está sendo maltratado. Vim aqui para pegar um autógrafo do Bebeto para uma senhora que está lá fora", disse uma mulher, que usava jóias, que disse se chamar Idalina. Os jogadores atendiam a todos os pedidos de autógrafo, mas ignoravam os que não conseguiam chegar até eles. Poucos foram até a janela para dar um aceno que seja. A válvula de escape dos torcedores foi a invasão do gramado do estádio Plácido Castelo na hora do treino do Brasil, terça-feira, por cerca de 300 pessoas, a maioria com idade de 10 a 16 anos. Mesmo em clima pacífico, a invasão impediu o treino naquele momento. Quando Dunga deixou o campo, foi acompanhado por mais de 100 adolescentes. Entre os que falaram com Dunga estava Raimundo Nonato Cavalcante, 11. No dia seguinte, ele estava de novo na grade do hotel. "Aqui não consegui nada." Olhos fixos no caminho que dava acesso à piscina, Raimundo saiu correndo assim que viu Branco passar a uns 20 metros. Com mais 20 pessoas, subiu na grade, gritou e acenou para ele. O jogador nem se virou. (MD) Texto Anterior: Seleção busca um adversário para março Próximo Texto: Camisetas do São Paulo superam as do Flamengo Índice |
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