São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 1995
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Sofisticação não é o forte da gastronomia

Interior tem os pratos mais tradicionais

JOSIMAR MELO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Não é o caso de se procurar exageros de sofisticação na cozinha irlandesa. É uma cozinha camponesa —são do interior seus pratos mais tradicionais.
"A história dos pratos irlandeses lembra um pouco os do Brasil, como a feijoada: são feitos com restos dos colonizadores", afirma Jerry O'Callaghan, 41, executivo irlandês que atua no Brasil, no frigorífico Bordon.
Há a galinha caipira recheada com pão dormido, ervas, manteiga, cebola e alho; e o "corned beef hash", conserva de carne em lata com cebola e purê de batata. Outras opções: assados de carnes (como de carneiro) ou miúdos —como o bucho de carneiro recheado (lembrando o "haggis" escocês). Serão pratos acompanhados de "Irish soda bread", pão de farinha integral e coalhada.
Outra tradição na Irlanda é o chá da tarde com "scones" e bolo inglês —de preferência degustado entre 16h e 17h.
Mas ninguém é de ferro: comendo ou não, ninguém deve dispensar um "Irish whiskey" (feito de centeio) e generosos goles de um orgulho nacional: a cerveja Guinness, densa e negra, forte e consistente, tirada na hora sob pressão, e sem sequer uma bolha de ar no denso colarinho —motivo para que seja devolvida ao garçom por qualquer irlandês que se preze, ou pelo turista esclarecido.

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