São Paulo, domingo, 26 de fevereiro de 1995 |
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Rede Mulher investe em "videoprofessores'
IVAN FINOTTI
Para garantir seu espaço no concorrido mercado televisivo, a Rede Mulher investe nos chamados "videoprofessores". São aqueles programas que ensinam desde como se faz um pote de barro até como transformar roupas velhas em novidades de "última moda". Para o superintendente comercial da emissora, Percival Palesel, "a idéia é investir mais no conteúdo do que na plástica". A estratégia está dando certo: há apenas seis meses no ar, a emissora mantém a média de um ponto de audiência, segundo Palesel. Os carros-chefes da Rede Mulher são os programas diários "Com Sabor" e "Boa Tarde". O primeiro, com quase duas horas, ensina culinária. O segundo, de seis horas, traz um amontoado de 24 quadros de 12 minutos cada. Ensina de tudo, inclusive etiqueta. A diretora e produtora do "Boa Tarde", Cláudia Saad Razuk, diz que a dona de casa quer aprender "e aqui ela tem a oportunidade". O programa recebe cerca de 50 cartas por dia. Um dos quadros mais inusitados do "Boa Tarde" é o "Proteja-se", que ensina judô e pretende ajudar as mulheres a se defenderem da violência das ruas. É apresentado pela pentacampeã brasileira de judô, Solange Pessoa, 33. Nele, a videoprofessora mostra como cair direito, fala da educação espiritual que o lutador deve ter e ensina a contar até dez em japonês. Para auxiliá-la nos ensinamentos, conta com crianças e até quarentonas —que não ficam a dever nos tombos. Texto Anterior: Brasileiros de Nova Jersey têm programa Próximo Texto: "História de Amor" substitui remake de "Irmãos Coragem" Índice |
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