São Paulo, terça-feira, 28 de fevereiro de 1995 |
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"Não temos dinheiro e muito menos um caixa 2"
DA REPORTAGEM LOCAL O secretário de Comunicação de Covas, Alexandre Machado, e o jornalista Luiz Gonzales, um dos sócios da GW, negam que o trabalho prestado pela empresa ao Estado seja irregular.A prestação de serviços, segundo eles, é gratuita: "Não temos dinheiro e muito menos um caixa 2", disse Machado. Para eles, dois fatores mostram a legalidade da operação: a gratuidade do trabalho e a "ligação sentimental" da empresa com Covas. Perguntado qual seria a vantagem de uma prestação de serviço gratuita ao Estado, Gonzales disse: "Comerciais nenhuma, sentimentais todas". Segundo ele, os sócios da empresa têm uma antiga admiração por Covas, "aprofundada" durante o período eleitoral, quando o contato com o tucano era intenso em função da produção para o horário eleitoral gratuito. Gonzales diz que o trabalho não traz gastos para a empresa porque janeiro e fevereiro são meses de baixa produção e a solidez financeira da GW permite horas de gravação sem custo. Gonzales não descarta a possibilidade de participar de futuras concorrências a serem abertas pelo governo Covas. "Dependendo do trabalho, podemos participar da concorrência". Alexandre Machado diz que o serviço prestado pela GW não significa que a empresa será privilegiada em futuras licitações. Para ele, o trabalho é um investimento em uma relação saudável entre a empresa e o governador. Machado diz que a prestação de serviços "é transparente porque o governo Covas não tem nada a esconder". Texto Anterior: Agência trabalha 'de graça' para Covas Próximo Texto: Advogados consideram operação suspeita Índice |
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