São Paulo, terça-feira, 28 de fevereiro de 1995
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Senador já recusou ministério de Menem

DE BUENOS AIRES

O senador José Octavio Bordón, de 49 anos, é um ex-peronista que recusou, em 1989, convite do presidente argentino, Carlos Menem, para ocupar o disputado Ministério de Obras Públicas.
No ano passado, rompeu com o Partido Justicialista, que sustenta o governo Menem.
Sociólogo e amigo do presidente Fernando Henrique Cardoso, Bordón foi governador da Província de Mendonza, maior produtora de vinho na Argentina, no período de 1987 a 1991.
Em janeiro, Bordón reuniu-se em Brasília com FHC. O candidato faz questão de dizer aos jornalistas estrangeiros que é um político conhecido internacionalmente.
Bordón é um político conhecido no Congresso pelo seu tom moderado. Como sociólogo, passou pelas universidades norte-americanas de Harvard e Georgetown.
Nas duas semanas anteriores à convenção da Frepaso, ele abandonou a moderação. Criticou o excesso de "personalismo" de Carlos "Chacho" Alvarez, que disputava com ele a indicação do partido para a candidatura presidencial.
Em 1966, na ditadura militar, Bordón foi preso. Três anos depois, os militares tentaram sequestrá-lo por causa das suas atividades junto à Juventude Peronista.
Para o comitê de campanha do presidente Carlos Menem, a candidatura "Bordón" tem mais confiança do eleitorado do que a de "Chacho".
A Casa Rosada, sede do governo da Argentina, avalia que o candidato da Frepaso dá mais confiança ao eleitor do que o seu adversário na convenção de domingo, "Chacho" Alvarez.
Por isto mesmo, a vitória de Bordón não foi comemorada pela assessoria de Menem.
Devemos insistir na honestidade, eficiência e prudência no governo, afirmou Bordón em entrevista a uma rede de TV concedida na cidade de Mendoza.
Com a derrota, Chacho será o candidato a vice na chapa.

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