São Paulo, quarta-feira, 1 de março de 1995 |
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Gabeira quer Sivam sob fiscalização permanente
ROBERTO MACHADO
"O Sivam tem implicações policiais, militares, ecológicas e políticas. Além das investigações que já começam a ser feitas sobre o processo de compra dos equipamentos, nós temos de fiscalizar também de que forma o projeto será implantado", afirmou Gabeira. O Sivam é um conjunto de equipamentos de telecomunicações que será implantado na região norte para monitorar o tráfego aéreo e terrestre, controlar queimadas e fiscalizar o tráfico de drogas, entre outras funções. A empresa americana Raytheon liderou o consórcio que venceu a concorrência para o fornecimento dos equipamentos. O valor do negócio é de R$ 1,18 bilhão. Gabeira disse também que a Comissão de Fiscalização Financeira e de Controle da Câmara precisa investigar os aspectos "nebulosos" da concorrência vencida pela empresa norte-americana. O "The New York Times", citando fontes da CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA), noticiou que a empresa concorrente, a francesa Thomson, teria oferecido propinas a servidores brasileiros para vencer a concorrência. "O Brasil talvez esteja presenciando lances da mais alta espionagem internacional", disse Gabeira. Em sua opinião, as dúvidas sobre a licitação precisam ser dirimidas antes da assinatura do contrato entre a Raytheon e o governo brasileiro. "O argumento do governo era de que o projeto tinha que ser mantido em segredo. Mas agora que os jornais noticiaram o caso, o sigilo já não é mais necessário." Texto Anterior: Informe tem novo prazo Próximo Texto: Bancas recebem hoje último fascículo do Folha/Aurélio Índice |
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