São Paulo, quarta-feira, 1 de março de 1995
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Dificuldades técnicas barram voto eletrônico

OLÍMPIO CRUZ NETO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A implantação do voto eletrônico nas eleições municipais do próximo ano corre o risco de não sair do papel.
A atual infra-estrutura do sistema de telecomunicacões do país torna inviável a informatização do voto.
Técnicos da Justiça Eleitoral avaliam que, com a atual infra-estrutura de telefonia, a informatização do voto só pode ser implantada no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Nos outros Estados, a falta de linhas e a baixa qualidade dos serviços telefônicos representam um obstáculo à informatização. Os ruídos e as interferências inviabilizam a transmissão maciça de dados.
Além disso, seriam necessárias pelo menos 60 mil linhas para viabilizar a transmissão e totalização dos votos.
O problema da qualidade da telefonia brasileira vai ser levada pelo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Carlos Velloso, ao ministro das Comunicações, Sérgio Motta, ainda neste mês. Ele quer o apoio do ministério e da Embratel.
Outro problema que ameaça a implantação do voto informatizado é o possível adiamento da aprovação da nova lei eleitoral, como defende o ministro da Justiça, Nelson Jobim.
Integrantes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) condicionam a informatização do processo de votação às mudanças na legislação eleitoral. Eles apontam que não é possível implantar o novo sistema com uma lei que só normatiza o voto manual.

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