São Paulo, quarta-feira, 1 de março de 1995 |
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Brunet concilia samba e modelos
FERNANDO PAULINO NETO
Maria Helena, 45, porta-bandeira da escola há 29 anos, reinava, até o Carnaval passado, absoluta na frente da bateria com seu filho e mestre-sala Chiquinho, 31. Antes do desfile ela havia colocado limites para a atuação de Luiza. Ameaçava a modelo com uma bandeirada que poderia tirá-la do desfile. Mas dois ensaios técnicos e a cordialidade de Chiquinho acabaram com os problemas. Luiza sabe como conquistar as pessoas. Quando Chiquinho foi dar-lhe as boas vindas, ela o abraçou, elogiou sua fantasia —um fraque verde— e perguntou por Maria Helena. Depois, Chiquinho se dispôs a consertar a fantasia de Luiza e justificou o ciúme inicial de Maria Helena. "O Luisinho (o bicheiro Luisinho Drummond, patrono da escola preso na Polinter) sempre disse que minha mãe era a rainha da bateria." Poucos metros à frente de Luiza, Maria Helena brilhou com passos bem rápidos entremeados por outros bem lentos. Atrás, Luiza passou sem "dizer no pé". A justificiativa é da própria Luiza: "Não sei sambar". Para ela, a madrinha é uma embaixatriz da escola. Segundo Maria Helena, a história da bandeirada foi só um aviso pois "acidentes acontecem" devido a seu estilo de agitar muito a bandeira, mas depois do desfile, disse que "o pessoal daqui é tudo junto". Texto Anterior: Campeões duelam na 2ª noite Próximo Texto: Caprichosos politiza desfile Índice |
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