São Paulo, quarta-feira, 1 de março de 1995 |
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Atores despencam em "Queda Livre"
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
Direção: Deran Serafian Elenco: Charlie Sheen, Nastassja Kinski Onde: Gazetinha, Eldorado 2 e circuito Por incrível que pareça, Hollywood ainda insiste. "Queda Livre", de Deran Serafian, é um filme de suspense recheado com maquiavélicos espiões russos e sequestros de aviões carregados de ouro, com direito a um fatal romance entre o mocinho americano e uma reabilitada espiã russa. Charlie Sheen é o mocinho. Nada de novo, já que este parece ser seu tipo preferido. A decepção fica por conta de Nastassja Kinski. Ainda que ela tenha já há alguns anos colocado sua carreira em segundo plano para cuidar dos filhas, é doloroso vê-la no papel de Chris Morrow, na verdade Krista Moldova, ex-espiã da KGB e admiradora de Bruce Springsteen. A amargura acontece logo em sua primeira cena no filme, evocando remotamente sua aparição em "Paris, Texas". Agora, infelizmente, ela surge para aprender a pular de pára-quedas com Sheen. Pára-quedismo e aviação, aliás, são o mote do filme. Embora o nome original ("Terminal Velocity") faça lembrar de alguma aventura com o super-herói Keanu Reeves, "Queda Livre" quer mesmo é ser um novo "Ases Indomáveis". Só faltou um galã para garantir a alegria das fãs. O roteiro não ajuda. Em certa altura, Kinski pede ajuda de Sheen para salvar milhões de almas russas e impedir a volta da Guerra Fria, tudo costurado com uma precária trama em que sempre se sabe que a cena gratuita de agora vai servir para explicar a próxima sequência perigosa. O tédio e a chatice dão o tom, apesar de sustos e carros caindo de dentro de aviões com Nastassja Kinski no porta-malas. Texto Anterior: Possessividade afasta as pessoas Próximo Texto: Altman critica recepção francesa a novo filme Índice |
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