São Paulo, quarta-feira, 1 de março de 1995
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Polícia chinesa detém militante pró-democracia

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

A polícia chinesa deteve ontem o dissidente Wang Dan, um dos principais críticos do sistema de partido único imposto pelo Partido Comunista da China.
Wang, horas antes de ser detido, assinou manifesto pedindo o fim do sistema de "reeducação através do trabalho".
Tal sistema permite à polícia prender por até três anos sem julgamento pessoas acusadas de "crimes menores". A "reeducação" se transforma em mecanismo para o governo reprimir dissidentes.
Os policiais disseram que levariam Wang Dan, líder do movimento estudantil pró-democracia de 1989, para "preencher alguns documentos" e que "voltaria dentro de algum tempo".
O dissidente passou quatro anos preso depois da repressão às manifestações anti-PC de 1989 e vive em Pequim sob vigilância policial.
O manifesto de ontem é dirigido ao Parlamento, que abre sua sessão anual no domingo.
A China também se preocupa com uma resolução criticando Pequim que os Estados Unidos pretendem apresentar este mês no encontro anual da Comissão de Direitos Humanos da ONU.
As autoridades chinesas argumentam que os EUA interferem em "assuntos internos".

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