São Paulo, quinta-feira, 2 de março de 1995
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Local tem atrativos na cheia e na seca

DA REPORTAGEM LOCAL

A maior planície inundável do planeta pode ser visitada em qualquer época do ano. Cada uma delas, seja na cheia ou na seca, reserva atrativos diferenciados, que sempre agradam os que buscam ver animais e beleza selvagem.
No período das cheias (de novembro a março), os animais costumam fugir para as planícies mais altas para escapar das águas, o que pode dificultar um pouco o trabalho dos fotógrafos de plantão.
Mesmo assim, o aumento do número de peixes nos lagos e rios atrai diversos tipos de aves que buscam alimento nas águas, como tucanos, cegonhas, garças, gaviões, colhereiros, araras-azuis, manguaris, papagaios e tuiuiús.
O melhor horário para observar os pássaros são no final de tarde e no início da manhã, quando as aves estão agitadas perto de seus ninhais.
É também durante o período de cheias que os jacarés se reproduzem e aproveitam para se abastecer de alimentos necessários para enfrentar o período de seca.
Eles estão por toda parte e não assustam os moradores da região. Crianças se banham nos mesmos rios em que eles nadam, enquanto suas mães lavam roupa das margens.
Os jacarés só atacam quando agredidos. Eles não sentem cheiro, nem enchergam muito bem e só mordem o que se movimentar bruscamente ao seu redor, principalmente dentro d'água.

Seca revela animais
Já no período de abril a outubro, quando os campos estão secos, é possível encontrar outros tipos de animais.
Nessa época é a vez de apreciar os veados campeiros, emas, cotias, tamanduás-bandeiras, macacos e, com um pouco de sorte, até jaguatiricas e a famosa onça pintada.
Durante a noite, além da tradicional focagem de jacarés, é possível localizar alguma jaguatirica e várias capivaras.
A seca também é uma boa época para apreciar as frutas da região, como o ariticum (uma espécie de fruta-do-conde grande, com sabor próximo ao de hortelã), jatobá, gabiroba (semelhante a uma goiabinha), araça, manga e a bocaiúva, preferida das araras.

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