São Paulo, domingo, 5 de março de 1995 |
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Intransigência marca negociações
DA REPORTAGEM LOCAL A negociação entre o secretário da Justiça e Administração Penitenciária, Belisário dos Santos Junior, e os nove presos rebelados em Franco da Rocha foi marcada por diálogos tensos e a intransigência de ambas as partes."Doutor, vocês só têm que se preocupar com a vida dos reféns. Da nossa, a gente cuida quando ganhar a rua e encontrar com os PMs que seguirem atrás", disse Valdir de Barros, o Santista, líder dos nove presos rebelados. Santos insistia que os presos não seriam postos na cela forte e teriam direito a visitas, o estopim da revolta iniciada na tarde de sexta, sem convencê-los. "Não há como permitir que os presos saiam daqui com armas e reféns.", afirmava reservadamente Santos, que descartava a invasão durante as negociações. O secretário conversava com os presos próximo a uma janela em que mantinham o diretor de disciplina do presídio, Vitalino Oliveira Neto, sob ameaça de estiletes. Antes da rendição dos amotinados, o secretário só conseguiu que os presos libertassem uma refém, Ana Morgado, a quarta pessoa a ser solta desde o início do motim. Duas grávidas e uma mulher com problemas cardíacos haviam sido soltas. Texto Anterior: "Castigo" causou motim Próximo Texto: Ônibus cai de barranco na Fernão Dias Índice |
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