São Paulo, terça-feira, 7 de março de 1995 |
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Empresa argentina chama credores para renegociar
SONIA MOSSRI
É a segunda empresa em uma semana que tem que renegociar suas dívidas. A primeira foi a fábrica de papel Alto Paraná. Ao contrário da Alto Paraná, a Zanela demitirá funcionários e reduzirá a produção. A situação financeira da Zanela complicou-se após a liquidação do Banco Extrader, há cerca de um mês. O Extrader iria coordenar a colocação de US$ 30 milhões em bônus da empresa no mercado internacional. O Extrader era uma banco atacadista, que não captava depósitos. Destinava-se basicamente à captar fundos de empresas para investimentos. O Banco Central da Argentina está investigando suspeita de operações fraudulentas no Extrader. Menem O principal acionista do Extrader, Marcos Gastaldi, é um empresário do círculo do presidente Carlos Menem. Em fevereiro, o Extrader fechou as portas devendo mais de US$ 200 milhões a seus clientes. A Zanela divulgou nota ontem informando que vai diminuir de 10 mil para 6 mil a produção mensal de motos. Além disto, pretende demitir cerca de 25% do total de 800 funcionários. A exemplo do governo, que enviou pacote ao Congresso cortando em até 15% os salários do funcionalismo público, a Zanela também reduzirá os vencimentos dos funcionários que permanecerem na empresa. A Alto Paraná, também em dificuldades, está negociando com os credores uma reestruturação de suas dívidas de US$ 190 milhões. A empresa anunciou na semana passada que não pagaria US$ 60 milhões em juros e encargos que venceriam sábado último. Texto Anterior: O BC não "piscou" Próximo Texto: Cavallo ameaça aumentar imposto Índice |
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