São Paulo, quinta-feira, 9 de março de 1995 |
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Alemão doa medula para menina de 6 anos no PR
MÔNICA SANTANNA
A informação foi dada ontem pelo médico Ricardo Pasquini, diretor do Serviço de TMO (Transplante de Medula Osséa) do HC e chefe da equipe que realizou o transplante em Tatiane. Embora a cirurgia tenha ocorrido há um mês, somente nesta semana a informação sobre o transplante foi divulgada. O doador não é parente da paciente. As chances de se encontrar doador compatível sem vínculo familiar são de uma em cada 50 mil, informou Pasquini. Na família, as chances de se encontrar doador compatível são de 25% a 30%, ou seja, um em cada quatro irmãos. Luiz Beleski, pai de Tatiane, disse que a filha mais nova não poderia ser doadora da irmã por não ter características genéticas da medula compatíveis com as dela. Tatiane sofria de leucemia mielóide aguda (tipo grave de leucemia) há dois anos e meio. Em outubro de 93, a doença se agravou e o transplante passou a ser a única alternativa. O Serviço de TMO recorreu à Associação Mundial de Doadores de Medula Óssea, com 2 milhões de doadores registrados e onde foi encontrado o doador alemão. O processo de busca levou quase um ano. O nome do doador é mantido em sigilo. A medula do doador alemão veio numa caixa de isopor, transportada por um médico que embarcou na Alemanha no dia 9 de fevereiro. O médico chegou a Curitiba no dia 10 e, em seguida, o transplante foi realizado. A medula fica alojada no interior dos ossos. É responsável pela produção dos glóbulos vermelhos e brancos e plaquetas (elementos do sangue) e pelo sistema de defesa do corpo humano. Texto Anterior: Protesto mata dois e queima três ônibus Próximo Texto: Árvore de 50 metros e 200 anos cai em Belém Índice |
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