São Paulo, quinta-feira, 9 de março de 1995
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Grupos radicais desafiam a paz

CLAUDIO GARON
DA REDAÇÃO

Religião e política sempre desempenharam papéis centrais na história do Oriente Médio. Em todos os países da região, grupos religiosos têm importância política central e mesmo os não-religiosos muitas vezes apelam para argumentos de ordem religiosa.
Em Israel, os partidos religiosos, graças ao sistema eleitoral proporcional, têm uma representação parlamentar superior à sua votação. Isso faz deles o fiel da balança na formação de governos nacionalistas ou trabalhistas.
O governo trabalhista liderado por Yitzhak Rabin tenta atrair a participação de partidos religiosos judaicos, para que sua maioria não dependa dos deputados árabes no Knesset (Parlamento de Israel).
Em troca de seu voto, os religiosos —muitos dos quais não defendem nenhuma posição no conflito árabe-israelense— exigem o aumento das verbas para o ensino confessional e a secularização de determinadas regras religiosas.
Hoje, esses grupos são um dos maiores desafios à paz entre judeus e palestinos. A outra ameaça são grupos radicais judeus baseados nos territórios ocupados, que acreditam que a Cisjordânia não pode ser entregue aos palestinos, porque teria sido dada aos judeus por Deus.

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