São Paulo, sexta-feira, 10 de março de 1995
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Governo japonês não pode financiar religião

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O pagamento com dinheiro público da cerimônia xintoísta que marcou a ascensão ao trono do imperador do Japão, Akihito, em novembro de 1990, pode ter violado o princípio constitucional de separação entre Estado e religião.
A declaração foi feita ontem pelo juiz Noriyuki Yamanaka, da Alta Corte de Osaka, ao pronunciar sentença sobre um processo de mil cidadãos contra o governo.
Ele decidiu em favor do governo por motivos técnicos (as contas de 1990 já foram aprovadas), mas advertiu o Estado de que é inconstitucional financiar cerimônias religiosas da família imperial.
O ritual Daijosai, da entronização de Akihito, teria custado 8,1 bilhões de ienes (US$ 89 milhões).
O xintoísmo foi religião oficial no Japão até a derrota do país na Segunda Guerra Mundial. Hiroíto, o pai de Akihito, foi o último imperador considerado oficialmente como um "deus vivo".
A Constituição do pós-guerra estabelece a separação entre religião e o Estado.

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