São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995 |
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Edmundo quer jogar contra Rio Branco
RODRIGO BERTOLOTTO; MÁRIO MOREIRA
O técnico do Palmeiras, Valdir Espinosa, afirmou, porém, que o atacante só atuará sábado, contra o Novorizontino. "Ele está parado há vários dias", justificou. Depois de 97 horas recluso no quarto 220 do hotel Oro Verde, em Guayaquil, o atacante palmeirense deu entrevista (leia abaixo). Edmundo chega a São Paulo às 7h de quinta-feira, em um vôo direto Guayaquil-São Paulo, da empresa Laxa. Folha - Como foram esses quatro dias no quarto? Edmundo - Sempre me passaram que a coisa não seria tão difícil de ser resolvida. Passei um fim-de-semana tranquilo, esperando o final dos acontecimentos. Procurei refletir, vendo o que foi certo e o que estava errado, para quando chegar ao Brasil fazer as coisas da melhor forma possível. Folha - Você recebeu muitos telefonemas? Edmundo - Quem mais ligou foi a minha família, a minha mulher e meus pais. Pessoas com quem eu tenho amizade de São Paulo e do Rio de Janeiro, todos mostrando que estavam do meu lado. Falei com o Wanderley Luxemburgo, com o Valdir Espinosa. Os jogadores me ligaram. Também aproveitei para dizer ao Espinosa que, mesmo que eu chegue a São Paulo meia hora antes do jogo com o Rio Branco, quero jogar. Folha - Quais foram suas atividades nesse tempo? Edmundo - Fiz tudo normal: fazia minhas refeições, assistia a programas esportivos e falava com o Brasil quando tinha vontade. Era como se estivesse aguardando um jogo. Eu fiquei bastante chateado, mas não tinha outro jeito e a melhor coisa a fazer era relaxar e refletir sobre tudo que aconteceu. Folha - Seu temperamento acaba prejucando sua carreira? Edmundo - Eu vim falar sobre o que aconteceu neste final de semana. Acho que sua pergunta não vem em um bom momento. Folha - De que vai servir o que aconteceu para seu futuro? Edmundo - Gostaria de deixar bem claro que o relacionamento entre Edmundo e a imprensa não está caminhando por um caminho bonito. Eu tomei uma decisão de tratar todos da imprensa da mesma maneira. Tratar com tranquilidade. A partir desse episódio, também quero pedir que eu fosse molestado (depois ele corrige para procurado) só no meu local de trabalho. Folha - Você fez alguma atividade física no quarto? Edmundo - Eu fiz bastante flexão de braço e abdominal. Tentei até uma corridinha. Folha - Como você vê essa fase com tantos gols (seis gols em cinco jogos do Paulista) e tantos problemas fora do campo? Edmundo - Os problemas, até este último, eram normais e fáceis de serem resolvidos. Eu vi a rodada do Campeonato Paulista deste final de semana e em cada jogo houve expulsão. Há jogadores no campeonato com duas, três expulsões. Eu tive uma e criou-se toda uma polêmica. *Colaborou MÁRIO MOREIRA, da Reportagem Local Texto Anterior: União S. João exige pontaria Próximo Texto: Jornais noticiam fim do caso Índice |
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