São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995 |
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Vítima admira talento do atleta
RODRIGO BERTOLOTTO
Veras trabalhou na terça-feira passada, no jogo entre Nacional e Palmeiras, como cinegrafista. Morador de uma favela, Veras diz não ter ficado com nenhum centavo dos US$ 10 mil pagos pelo Palmeiras. Folha - Como foi a agressão? Germán Veras - Depois da pergunta, Edmundo pegou o braço do repórter, que deixou cair o fio do microfone. Edmundo se enrolou e depois me empurrou. Ele pisou e chutou a câmera. Folha - Você esperava o que aconteceu? Veras - Já fui para a fronteira cobrir a guerra e não tinha medo em um jogo de futebol. Depois de ser empurrado, minha vista se nublou. Meu ombro direito inchou. Folha - Como seria o jogo seguinte contra o Emelec se Edmundo jogasse? Veras - O Palmeiras ganharia por 10 a 0. Edmundo é um fenômeno. Admiro muito seu futebol. Folha - Você vai cobrir os jogos da Libertadores no Brasil? Veras - Não. Nossa televisão não costuma mandar pessoal para longe. Eu gostaria ir para o Rio, para ver as garotas de tanga. Folha - Você não vai ficar com parte do dinheiro pago pelo Palmeiras à TV? Veras - Não. É para consertar a câmera. Não pedi indenização por danos morais. Texto Anterior: Jornais noticiam fim do caso Próximo Texto: França tem 'porco' Edmundo Índice |
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