São Paulo, quarta-feira, 15 de março de 1995
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Convenção mostra novidades em áudio

EDSON FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Vai chegar o dia em que, durante a escolha do seu aparelho de som e o preenchimento do cheque para pagá-lo, ele estará obsoleto. A 98ª convenção da AES (Associação dos Engenheiros de Som), que aconteceu em Paris entre 25 e 28 de fevereiro, é prova disso.
O evento aconteceu no Palácio do Congresso e reuniu 315 empresas produtoras de equipamentos profissionais e caseiros de áudio, 35 publicações especializadas no assunto, além de 36 empresas do ramo de importação e exportação.
Para se ter uma idéia do crescimento da convenção, a primeira, realizada na cidade alemã de Colônia em 1971, contou com apenas 12 empresas expositoras.
Entre os produtos mostrados na convenção deste ano estão equipamentos e programas musicais, máquinas para a produção de CDs, processadores de sinais digitais para estúdios, sistemas de som caseiros, microfones, mesas de mixagem e equipamentos para emissoras de rádio.

Linha profissional
Para os profissionais que lidam com som em situações ao vivo e em estúdio, os japoneses da Yamaha apresentaram o console PM-3500.
Além de oferecer desde 24 até 48 canais, essa mesa acaba com o problema de quem tem que monitorar mais de uma atração musical no mesmo dia. O equipamento consegue memorizar até 128 configurações diferentes.
Uma boa solução para quem trabalha com trilhas sonoras para cinema e teatro vem da Holanda. A Philips de lá lançou dois gravadores digitais que facilitam a sincronia absoluta entre som e imagem.
A dificuldade para extrair entrevistas gravadas em equipamentos análogos é um problema que está com os dias contados.
Por meio do aparelho PMD601 (primeiro gravador digital portátil) da empresa holandesa Marantz, os repórteres passam a ouvir a realidade cristalina. Agora é só reproduzi-la fielmente nos órgãos de imprensa.
Quem quiser conhecer um dos lançamentos da convenção da AES sem pagar nada e na poltrona de casa deve assistir a entrega do Oscar no próximo dia 27.
O teatro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood é sonorizado pela empresa norte-americana JBL. O som que a platéia vai ouvir será emitido pelas caixas acústicas da linha SR2, lançada pela empresa na convenção.
Conhecidas mundialmente por suas fitas magnéticas para gravadores análogos, a Basf e a TDK mostraram com seus lançamentos em Paris que se renderam à tecnologia digital.
Com a linha Digital Master 936 e 938, os alemães da Basf esperam atender os profissionais que precisam de cassetes para equipamentos DAT (Digital Audio Technology).
Já os japoneses da TDK lançaram CDs virgens apostando nas gravações domésticas, possibilidade que está próxima (leia texto ao lado).

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