São Paulo, sexta-feira, 17 de março de 1995 |
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Peça mistura Montaigne e vidas frustradas
RONI LIMA
Autor: Wilson Sayão Diretor: Luiz Arthur Nunes Elenco: Ivone Hoffmann, Bianca Byington, Marcos Breda Quando: hoje, às 21h, de quinta a sábado, às 21h, domingo, às 20h Onde: Teatro de Arena (r. Siqueira Campos, 143, sala 40, Copacabana, zona sul, tel. 021/235-5348) Quanto: R$ 15 (sexta e sábado), R$ 12 (quinta e domingo) Uma reflexão sobre a felicidade e as aspirações secretas das pessoas. Esta é a proposta do dramaturgo Wilson Sayão, 45, com sua peça "Como Diria Montaigne", que estréia hoje. Dirigida por Luiz Arthur Nunes ("A Vida Como ela É", "Cândido", "Vestido de Noiva"), a peça gira em torno da tentativa de Irene (Ivone Hoffmann) de descobrir as aspirações dos seus três filhos. Mulher infeliz e bizarra, que se veste como se estivesse nos anos 40, ela tenta reverter os rumos da vida dos filhos, que considera medíocres. A trinca é formada pela recepcionista bancária Nádia (Bianca Byington), que só pensa em sair com um homem diferente a cada fim-de-semana, o homossexual Ney (Marcos Breda), que vive sonhando em ganhar concursos de fantasias de Carnaval, e a dona-de-casa Neuza (Maria Adélia). Sem aceitar a vida dos filhos, a conflituada mãe recorre sempre a ensaios do filósofo francês Michel Montaigne (1533-1592). "Irene descobre nele um homem inquieto, cético e que também sofria dos rins como ela", diz Sayão. Comédia dramática premiada em 1980 pelo Serviço Nacional de Teatro, o texto de Sayão está sendo encenado com patrocínio da Shell. Com 18 peças e 15 prêmios de dramaturgia, Sayão é um autor ainda pouco encenado. Agora trabalhando em suas próprias produções, para tentar montar "uma peça por ano", conta nesta peça com a assinatura nos figurinos e cenário de Rosa Magalhães —carnavalesca que deu o bicampeonato à escola de samba Imperatriz Leopoldinense. Texto Anterior: Lennon 'empresta' voz para ex-Beatles Próximo Texto: Marisa Monte estréia turnê em Curitiba Índice |
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