São Paulo, sábado, 18 de março de 1995 |
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Indy chega à sua 2ª prova na Austrália sem favoritos
MAURO TAGLIAFERRI
Trata-se de uma prova "sui generis" no calendário. Primeiro, porque é a única corrida da Indy disputada fora do continente americano. Das outras 16 provas, 14 são nos EUA e duas, no Canadá. Depois, pela imprevisibilidade em relação a seu resultado. Quem poderá dizer, por exemplo, que o norte-americano Michael Andretti, da Newman/Haas, tem tudo para chegar à sua segunda vitória seguida na Austrália? Equipamento para isso, Andretti já mostrou que tem. Foi o pole em Miami, onde liderou por 48 voltas. Mais: ontem, obteve a pole provisória com mais de meio segundo de folga para o segundo colocado, o brasileiro Gil de Ferran. Mas, como saber se Andretti não vai bater rodas com algum retardatário, como fez em Miami, onde tinha a corrida nas mãos? O mesmo vale para seu companheiro, o canadense Paul Tracy, outro piloto de estilo "win or crash" (vencer ou bater), terceiro no grid provisório. Ao lado dos carros da Newman/Haas, o brasileiro Mauricio Gugelmin vem provando que a regularidade pode ser sua principal arma nesta temporada. Até a sexta-feira, o piloto esteve sempre, desdo o GP de Miami, entre os quatro mais rápidos. No primeiro treino classificatório para domingo, ficou com o 4º tempo. Gugelmin acha que, se solucionar os problemas com a válvula do turbo de seu motor Ford, pode voltar ao pódio —foi o segundo em Miami— na Austrália. "O motor me fez perder muito tempo, eu poderia ter sido mais rápido", disse ele após o treino. Também Gil de Ferran, da Hall, pode surpreender. "Errei duas freadas na minha melhor volta porque ainda não conheço 100% da pista, apenas uns 80%. Então, posso melhorar", afirmou. Segundo ele, a prova australiana deve ser mais emocionante que a de Miami, realizada no dia 5. "Há mais pontos de ultrapassagem do que lá e a pista é muito difícil, com freadas longas", disse. Uma das vítimas da pista no treino de ontem foi o brasileiro Christian Fittipaldi, que bateu forte seu Walker na saída dos "esses" da reta do mar (leia texto nesta página). Outros dois brasileiros também bateram ontem. Raul Boesel, da Rahal/Hogan, acabou no muro sua primeira volta cronometrada. E André Ribeiro, da Tasman, chocou-se de leve contra o muro depois de rodar. Todos bateram sozinhos. Mas, na corrida, o circuito de rua australiano oferece, com suas curvas fechadas e estreitas, chances de colisões entre carros que chegarem lado a lado ao final das retas. A meteorologia diz que ainda há chances de chover neste final de semana. NA TV SBT, ao vivo, à 1h, e VT, às 9h de doming Texto Anterior: Média supera 3 gols por jogo Próximo Texto: Emerson chega em 7º no treino Índice |
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