São Paulo, sábado, 18 de março de 1995 |
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Santos e Lusa fazem o clássico dos líderes
MATINAS SUZUKI JR.
Os líderes do Campeonato Paulista, isto mesmo, os líderes, Santos e Portuguesa, que começaram a temporada modestamente em termos de investimentos e expectativas, se enfrentam lá em Santos. A Portuguesa tem dois pontos a mais (18 contra 16), mas também um jogo a mais (9 contra 8). O Santos não perdeu nenhum jogo. A Lusa, apenas um. Taí jogo gostosinho de se apreciar (talvez um pouco amarrado pela aplicação tática das duas equipes), acalentado pelas simpáticas torcidas de um e de outro. A Portuguesa ganha no goleiro. Paulo César é um dos melhores do Campeonato; Edinho, apesar de toda a sua garra, continua falhando demais nas saídas de gol em bolas cruzadas para a sua área. Na defesa, em tese, a Portuguesa também seria superior, até porque tem o Gilmar, cujo passe pertence ao São Paulo, em excelente fase técnica. Só que hoje ele não terá o Jorginho a seu lado. No meio-campo, a situação se equilibra. O da Lusa, é extremamente aplicado na marcação, além de contar com jogadores que têm muito chão no futebol. E o Caio é uma maquininha. Em compensação, o Santos tem a inteligência a seu favor: um jogador como o Don Giovanni pode lançar pelos ares as balizas que normalizam um jogo. No ataque, tendo a ser mais Santos. Não só por causa do Marcelo Passos, mas, sobretudo pelo lépido Macedo, um atacante rápido, que se movimenta muito, que procura o jogo. A Lusa é dos Leões da Fabulosa. O carro da McLaren não está de bom tamanho para o Leão Nigel Mansell. E o Paulinho McLaren está de bom tamanho para os Leões da Fabulosa? Outro dia especulava-se sobre a lentidão do Don Giovanni. Alguém lembrou o Ademir da Guia. O Don Giovanni me lembra outro famoso "lento", o Enéas, na sua grande fase da Lusa. Aparentemente lento, era do tipo corredor de maratona africano: passadas largas, imensas até. Em dia de Santos e Portuguesa, nada melhor do que comparar o Giovanni ao Enéas, não é mesmo? Depois do susto da quinta, hoje é dia do Palmeiras voltar a jogar bem? Discordei aqui da formatação que o Mário Sérgio andava armando para o Corinthians. Mas, nem de longe achava —e acho— que seria o caso da sua saída do comando técnico do time. O alvinegro perde duas vezes. Texto Anterior: Dois rivais só chegaram a vice Próximo Texto: Saia justa Índice |
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