São Paulo, domingo, 19 de março de 1995
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São Paulo promete exibir 'embrião' de um novo time

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O técnico Telê Santana faz estrear hoje, contra o Corinthians, o que espera que seja o embrião do "novo" São Paulo.
Ele aposta na entrada do meia Denílson e na aplicação de uma filosofia de marcação mais dura para tornar a equipe mais competitiva, marcando à "japonesa".
Hoje é a primeira vez que o meia Denílson começa jogando. Contra o Rio Branco, no dia 22, ele só jogou porque Juninho estava na seleção brasileira.
A entrada de Denílson (leia texto abaixo) ajudou a equipe a ser mais firme na marcação e a ser mais veloz no ataque, como quer o técnico Telê Santana.
Os coletivos da semana mostraram que a equipe ganhou em rapidez e poder de marcação.
"Melhoramos muito nos coletivos. Esperamos agora que o time produza o mesmo dentro de campo", afirma Telê.
A grande incógnita do São Paulo é a atuação do meia Aílton na lateral esquerda.
O atleta só jogou nessa posição até 1987, quando subiu dos juniores para os profissionais do Atlético-MG. Quando Telê chegou ao clube, mudou-o de posição.
Se Aílton satisfizer Telê, pode ter a chance de se firmar.
São dois os motivos. Primeiro, André, o titular da posição, ficará um mês fora (fratura no pé). Segundo, Telê sempre sonhou com um time em que os jogadores saibam trocar de posição no jogo —seu ideal é o "Carrossel Holandês" da Copa de 1974.
Esse jogo significa a chance de o São Paulo sair de uma fase irregular que começou antes de Telê Santana voltar das férias, após o Carnaval.
"Foi na derrota para a Portuguesa. Jogamos mal no primeiro tempo e depois não acertamos mais", lembra o atacante Juninho.
A "síndrome do primeiro tempo" voltou na última partida da equipe, a derrota para o Palmeiras.
"Fizemos um primeiro tempo horrível. O Palmeiras fez dois gols e depois se aproveitou da vantagem", opina Telê.
Outro desafio do time é tentar vencer um clássico no primeiro turno. Nos dois que disputou, Portuguesa e Palmeiras, o São Paulo acumulou duas derrotas, ambas por 2 a 1.(Marcelo Damato)

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