São Paulo, domingo, 19 de março de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

A reengenharia da comercialização imobiliária

ÉLBIO FERNANDEZ MERA

A lei número um da indústria imobiliária é garantir a satisfação plena dos clientes
Ninguém questiona que a atual performance do mercado imobiliário é resultado direto de uma reengenharia.
Pode-se afirmar que esse setor cuidou de fazer um reposicionamento diante de seu público alvo, adotando metodologias diferenciadas, investindo em avanços tecnológicos, enfim, desenvolvendo novos sistemas de produção e de venda de imóveis, com ênfase aos planos diretos.
Essa postura, apoiada pela estabilização da economia, aproximou o imóvel do comprador, passando a caber no seu bolso.
Com isso, houve expressivo incremento das vendas e a dinâmica do mercado está promovendo positivos efeitos no contexto nacional.
É evidente que as empresas construtoras e incorporadoras não medem esforços para conquistar a excelência nos produtos imobiliários.
Compete agora às imobiliárias, responsáveis pela intermediação, promover idêntica evolução, conferindo maior excelência aos serviços imobiliários.
No entender da Fiabci/Brasil, o caminho mais efetivo para tal resultado é a imediata implantação do Sistema Integrado de Vendas Autorizadas.
Utilizado há vários anos por diversos países —Canadá e Argentina entre eles—, esse mecanismo concentra de maneira informatizada as mais diversas informações sobre a oferta de imóveis existentes.
Estas, são distribuídas entre os usuários credenciados —imobiliárias e corretores— permitindo agilização nos processos de tomada de decisão, maior eficácia na comercialização e, consequentemente, a total satisfação dos clientes.
Através de uma única empresa ou um só corretor, o interessado em comprar um imóvel pode ter acesso a toda oferta disponível sem ter de "bater pernas".
O vendedor, por sua vez, tem a garantia de que o produto à venda, colocado com exclusividade para uma só empresa, será "trabalhado" por todos aqueles que estão credenciados ou integrados no sistema.
Com certeza, a implantação desse instrumento significa um passo decisivo rumo à modernidade.
O interesse despertado pela proposta já está mobilizando todos os participantes do mercado, individualmente e no âmbito das entidades representativas da classe.
Acreditamos que, num curto espaço de tempo, o Brasil esteja apto a operacionalizar um mecanismo que responderá pela dinamização das atividades, com lastro na lei número um da indústria imobiliária: garantir a plena satisfação dos clientes.

Texto Anterior: Livro nobre até para plebeus
Próximo Texto: CARTAS
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.