São Paulo, domingo, 19 de março de 1995
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Influência da TV cresce na eleição

ANDRÉ FONTENELLE
DE PARIS

A influência da televisão é cada vez maior nas campanhas francesas. A tal ponto que Edouard Balladur prefere as entrevistas na TV ao corpo-a-corpo eleitoral.
Foi graças ao uso inteligente dos meios de comunicação (entrevistas nas horas certas, artigos nos jornais) que Balladur impôs seu nome como premiê em 1993.
Ele achava que a fórmula também valeria para chegar à Presidência. Segundo um estudo, o premiê ocupou em janeiro um terço do tempo dedicado aos candidatos nos telejornais. Mas isso não o fez subir nas pesquisas —ao contrário.
Outra influência importante é a dos programas humorísticos, em especial o show de marionetes "Les Guignols de l'Info", que caricatura as principais personalidades da atualidade francesa.
No programa diário de cinco minutos, Chirac é apresentado como um obcecado pela Presidência; Jospin, como um ingênuo que bate com a cabeça nos postes; e Balladur, como um aristocrata horrorizado com a idéia de ter que encontrar o povo em comícios.
A campanha oficial na TV será curta, ocupando apenas as duas semanas que antecedem o pleito. No segundo turno, haverá apenas uma semana de horário eleitoral.
A organização de debates ainda não é certa. Líder nas pesquisas, Chirac se recusa a debater com Balladur e Jospin. (AFt)

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