São Paulo, domingo, 19 de março de 1995
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Foster encarna a boa selvagem

CRISTINA ZAHAR

"Nell" é um filme purista, que tenta resgatar o mito rousseauniano do bom selvagem. Ele poderia facilmente naufragar ou resvalar para o sentimentalismo. Mas "Nell" é mais que isso. Traz uma Jodie Foster sensível e convincente no papel-título, que faz cara de boba sem ser ridícula. Dustin Hoffman já tinha mostrado em "Rain Man" quão inglória (e eficiente) pode ser essa tarefa.
Dirigido pelo inglês Michael Apted ("Nas Montanhas dos Gorilas"), "Nell" é o primeiro trabalho da Egg Pictures, companhia de produção de Foster. Conta a história de Nell, criada pela mãe em uma cabana na floresta. Com a morte desta última, a moça se vê só no mundo. Descoberta pelo dr. Lovell (Neeson), ela acaba rompendo seu isolamento com a ajuda do médico e da psicóloga Olsen (Richardson).
Indicada ao Oscar de melhor atriz, Foster pode coletar sua terceira estatueta. Se isso acontecer, ela estará encarando o mundo bem nos olhos. Como Nell. —C.Z.

Nell. (Nell. EUA, 1994). Direção: Michael Apted. Com Jodie Foster, Liam Neeson, Natasha Richardson. A estréia estava programada para sexta, 17. Salas e horários a confirmar.

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