São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995 |
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FHC diz que Congresso está 'ansioso demais' por reforma
FERNANDO CANZIAN; WILLIAM FRANÇA
Em São Paulo O presidente Fernando Henrique Cardoso acha que os parlamentares em Brasília estão "ansiosos demais" para discutir o conteúdo das reformas que o governo pretende enviar ao Congresso este ano. Em conversa ontem pela manhã em São Paulo com representantes do PSDB paulista, FHC disse ao deputado federal Silvio Torres que o governo não está atrasado no encaminhamento das propostas. Os parlamentares é que estariam "ansiosos". Torres disse ainda que o presidente não considera essencial a escolha de um articulador político. Segundo ele, o ex-deputado do PSDB de São Paulo José Abraão já estaria trabalhando em Brasília como "aglutinador" das forças no Congresso. Abraão manteve encontros com 200 parlamentares na última semana, segundo Torres. Gabinete Os dois políticos foram recebidos por FHC no gabinete criado para ele no 19º andar do prédio do Banco Central em São Paulo, na avenida Paulista (região central). A sala possui uma mesa e um local onde pode receber até três pessoas simultaneamente. É decorado com uma tela de Sérgio Sganzerla. A proposta é que FHC use o gabinete quando estiver em São Paulo. Ele possui um esquema semelhante no Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Além dos políticos do PSDB, o presidente recebeu os empresários Max Feffer, do grupo Suzano de papéis, e João Guilherme Ometto, presidente do grupo Copersucar. Feffer saiu pela garagem. À saída da reunião com FHC, Ometto disse ter relatado ao presidente que os produtores de álcool estão trabalhando com defasagem de até 30% por causa do virtual congelamento do preço dos combustíveis nos postos. Segundo Ometto, FHC ficou de "estudar" o problema da defasagem e prometeu pedir à ministra Dorothéa Werneck (Indústria e Comércio) estudo de uma política de longo prazo para aumentar a produção de carros a álcool. Texto Anterior: Nas casernas Próximo Texto: Cargos opõem políticos à tecnocracia Índice |
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