São Paulo, sexta-feira, 24 de março de 1995
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Williams 'fica quieta' em respeito a Senna

DA REPORTAGEM LOCAL

A Williams está no Brasil apenas para correr. Nem ela nem nenhum de seus patrocinadores fará qualquer promoção por ocasião do GP deste fim-de-semana.
A atitude reservada, segundo Frank Williams, proprietário da equipe, foi tomada em respeito à família de Ayrton Senna, assim como ao público brasileiro.
A afirmação de Williams explica a publicidade tímida da Renault, fornecedora de motores da equipe, que não vem utilizando a imagem dos carros da equipe para promover seus produtos no Brasil.
Williams declarou estar ainda, assim como os membros da equipe, abalado com a morte de Senna, em maio do ano passado, durante o GP de San Marino.
Mas reconheceu que esta carga não existe mais sobre os dois pilotos do time, Damon Hill e David Coulthard. Para o dirigente inglês, eles são jovens e querem ganhar.
Williams não quis falar sobre o inquérito aberto pela Justiça italiana em relação à morte de Senna. Disse apenas que Patrick Head, diretor técnico, deve ser ouvido na Itália.
Para justificar o silêncio, Williams afirmou que vários membros do time estão arrolados no inquérito e seria impróprio fazer qualquer declaração.
Mas o dirigente disse que, seja quem for o culpado pela morte de Senna, não alterará o fato de o piloto ter morrido em um carro de sua equipe, o que o incomoda.
Williams reconheceu que chegou a ponderar a possibilidade de ser recebido com hostilidade pelo público brasileiro. Mas disse também que, até ontem, não havia sentido nenhuma reação estranha.
Quanto ao atual campeão Michael Schumacher, Williams declarou que o alemão é um adversário a ser vencido. \mas confia que sua equipe leva vantagem.
Sobre as alterações na F-1, Willams apenas disse que não apreciava o estilo de Max Mosley, presidene da FIA, que teria imposto novas egras de forma súbita.

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