São Paulo, domingo, 26 de março de 1995
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"Alternativas" viram tese

DA REPORTAGEM LOCAL

A transformação por que passaram as pré-escolas alternativas criadas na década de 70 já é objeto de tese defendida no Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Daniel Revah estudou a trajetória dessas escolas até os anos 90 e como todas elas recusaram, num dado momento, o rótulo de "alternativas".
"A palavra foi se tornando pejorativa e houve uma preocupação de rejeitar o passado", diz Revah, 39, que é coordenador de 5ª a 8ª série da Cooperativa Educacional Cidade de São Paulo. No princípio, as escolas eram vistas como "oásis", onde se podiam criar novas formas de vida.
Depois da redemocratização do país, Revah nota o surgimento da palavra "limites" no discurso das escolas —na mesma época em que começam a ser acusadas de deixar as crianças livres demais e de não darem conteúdos.
A partir de meados dos anos 80, elas começam a se transformar. "Passam por um processo intenso de racionalização do ponto de vista da gestão e da pedagogia. Querem ser ao mesmo tempo novas e maduras". Aparece aí a visão da escola que procura "a objetividade, a eficiência e a produção".

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